Se 2023 foi um ano disruptivo, com a ampla disseminação da inteligência artificial e hiperautomação, espera-se que em 2024 esta e outras tecnologias se consolidem para promover mudanças reais.
A expectativa é de que a produtividade e os resultados dos mais diversos segmentos saiam ganhando.
Porém, empresas que pretendem sobreviver e crescer, precisam encarar o cenário de inovação acelerada e pensar em estratégias para aproveitar, dentro dos seus segmentos, os benefícios possíveis.
O que você vai ver neste conteúdo?
O que são tendências de negócios?
Tendências de negócios referem-se às direções e padrões de comportamento que têm o potencial de impactar significativamente as decisões estratégicas e operacionais das organizações.
Uma tendência de negócio tem ainda o poder de moldar a forma como empresas operam e se posicionam em relação ao mercado, tecnologia e preferências dos clientes.
A tecnologia, mudanças culturais, desafios ambientais, dinâmicas econômicas, além do comportamento dos consumidores, são fatores que influenciam tendências de negócios.
Então, por que sua empresa precisa se antecipar e estar atenta para compreender estas tendências? São dois os motivos principais:
→ ganhar vantagem competitiva em relação aos concorrentes, identificando oportunidades;
→ viabilizar o crescimento do negócio, mesmo em um cenário de transformação rápida e constante.
Neste artigo, elencamos 5 tendências que merecem atenção. E já que elas estão transformando organizações e segmentos em todo o mundo, não há motivos para que sua empresa resista ou espere. Além de explicar cada uma delas, também apontamos como é possível explorá-las no mercado de condomínios.
1. Inteligência Artificial
Uma IA generativa é aquela com capacidade de aprender padrões complexos a partir de um modelo de linguagem de dados e produzir novos conteúdos. O modelo já era utilizado na década de 1960, mas, em 2014, as possibilidades de criação de conteúdo se ampliaram.
Nos últimos dois anos, o fato de estarem acessíveis de forma online foi o ponto que transformou a utilização da Inteligência Artificial generativa.
O ChatGPT é apenas um dos exemplos que estão sendo cada vez mais utilizados e essa capacidade não se restringe a textos. Já existem IA’s para geração de música, imagens, vídeos, simulações de ambientes para jogos e até códigos de programação.
O uso dessas plataformas está mudando a dinâmica de trabalho em diversos segmentos. De acordo com pesquisas da McKinsey, da PwC e da Statista, a adesão à IA cresce continuamente em empresas.
Pesquisas da Accenture, Hibou e KPMG revelam ainda que o Brasil ocupa o 5º lugar no ranking de países que mais utilizam o ChatGPT, o que representa 4,3% do tráfego global.
Outros dados relevantes sobre o cenário nacional é de que 54% dos brasileiros afirmam sentir os impactos da Inteligência Artificial diariamente e 84% dizem confiar na IA.
Entre líderes brasileiros, as opiniões também são otimistas, tanto em termos de produtividade, quanto de estratégias:
→ 9 em cada 10 acreditam que a tecnologia impulsionará seus negócios.
→ 98% acreditam que a IA generativa vai mudar radicalmente o conceito de inteligência corporativa.
→ o uso de IA’s como o ChatGPT pode impactar até 40% das horas trabalhadas.
A seguir, confira quais são as possibilidades de aplicação prática da IA no mercado condominial.
Geração de conteúdo
Pode-se recorrer à IA generativa para criação de textos e imagens sobre produtos e serviços. Estes materiais auxiliam setores como marketing (posts e anúncios, e-mails, campanhas) e suporte (manuais, artigos e materiais de aprendizado).
Processamento de dados e análises
A Inteligência Artificial está entre as tendências 2024 porque tem a capacidade de analisar dados históricos internos e, a partir deles, antecipar tendências para tomadas de decisões mais ágeis e inteligentes. Outra possibilidade é a geração de insights ou simulação de cenários de negócio para avaliação de estratégias e possíveis resultados.
Chatbot e personalização
Neste caso, é possível automatizar o atendimento ou suporte ao cliente, em chatbots com respostas em linguagem natural. Já para leads e clientes, a ferramenta consegue sugerir produtos e serviços de forma personalizada.
2. Automação
No contexto de negócios e gestão, a automação representa a capacidade de transformar processos repetitivos, demorados e manuais por meio da tecnologia. Essa tendência estratégica já está consolidada em empresas que buscam se destacar em um ambiente competitivo dinâmico.
Na prática, a automação não está mais restrita à indústria ou a nichos específicos. A partir de softwares, integração, inteligência artificial e super aplicativos, as possibilidades invadem o setor de serviços e aceleram mudanças.
Dados da consultoria Gartner dizem que empresas que adotarem hiperautomação até 2024 poderão reduzir até 30% os custos operacionais.
Outro estudo internacional, o “OTRS Spotlight: IT Service Management 2023”, revela ainda que o Brasil está à frente quando o assunto é automação de processos.
Diante dos dados, é fato que sua empresa precisa aderir aos benefícios da automação. A seguir, entenda como sua empresa pode fazer isso no mercado condominial.
Automação de processos
As rotinas operacionais certamente são as mais beneficiadas com automação no mercado de condomínios.
Se uma administradora trabalha com um sistema contábil que possui tecnologia de ponta, por exemplo, diversas tarefas podem ser automatizadas:
- registro e liquidação de boletos;
- conciliação do extrato bancário;
- lançamentos de itens de consumo;
- processos da previsão orçamentária;
- etapas da prestação de contas;
- geração de cotas.
Além da gestão contábil, a automação pode se estender a todos os setores da empresa, por meio de softwares específicos para esta finalidade. Assim, é possível definir fluxos com etapas organizadas por prazos e responsáveis, o que proporciona maior controle e padronização.
Implementar automação e Inteligência Artificial e alcançar vantagens competitivas sempre vai depender de tecnologia, ou seja, das ferramentas que a empresa utiliza.
Uma dica importante para se beneficiar com as tendências 2024 é buscar ao máximo por soluções alinhadas ao mercado de condomínios, com funcionalidades pensadas para as demandas e clientes deste segmento.
3. Hiperpersonalização
A experiência do cliente, há muito já identificada como relevante, ganha um novo patamar em 2024: passamos à era da hiperpersonalização, com foco em vínculos mais profundos entre a empresa e o cliente.
Em resumo, a experiência do cliente deve ser única e altamente relevante. Para isso, empresas devem compreender e antecipar necessidades individuais e, assim, alcançar benefícios relevantes:
→ aumentar a fidelidade do cliente;
→ impulsionar as taxas de conversão;
→ criar vantagem competitiva significativa no mercado.
Nesta abordagem avançada de personalização, que vai além da simples customização de produtos ou serviços de acordo com as preferências do cliente, o investimento em tecnologia para utilização e análise intensiva de dados é crucial.
Não se trata apenas de oferecer um produto ou serviço adequados, no momento ideal. A estratégia envolve todos os pontos de contato do cliente com a empresa, desde a primeira descoberta, passando pela prospecção e venda, até o pós-venda e suporte. Essa jornada deve ser fluida, personalizada e sem atritos.
Mesmo que a hiperpersonalização pareça uma meta audaciosa, pesquisas da McKinsey e Twilio apontam que é exatamente o que clientes demandam, então, melhor não ignorar.
Em relação à hiperpersonalização, destacamos dois caminhos principais para implementar esta tendência em suas estratégias.
Coleta e análise de dados
Desde as primeiras interações de um possível cliente, a empresa pode estar preparada para registrar suas demandas e preferências. Neste caso, o CRM é uma das ferramentas ideais, com recursos capazes de embasar diversas ações de personalização.
O que é essencial descobrir para maximizar a personalização?
→ Segmentação de padrões e comportamentos.
→ Necessidades, problemas e preferências de clientes e leads.
→ Oportunidades para desenvolvimento de novos produtos ou serviços.
→ Nível de satisfação dos clientes.
Atendimento omnichannel
Em um mundo cada vez mais digital e conectado, o cliente vai escolher o canal de atendimento e a empresa precisa estar preparada para atendê-lo. Não importa o canal, este atendimento deve ser ágil e resolutivo.
Então, o atendimento omnichannel surge para resolver essa questão, ao centralizar todos os canais na mesma plataforma e fazer com que a empresa esteja disponível em todos os lugares, a qualquer momento, inclusive com chatbots e inteligência artificial integrados.
Nesse sentido, também já existem soluções desenvolvidas para o mercado de condomínios, com ferramentas que atendem demandas específicas. Além da agilidade, o atendimento omnichannel garante o registro de informações relevantes para a personalização.
4. Super apps
A tendência de oferecer aplicativo white label, personalizado com a própria marca, agrega em competitividade e estratégia. Porém, 2024 começa com um passo a mais: a busca pela comodidade de resolver várias tarefas em um mesmo aplicativo, ou seja, em um super aplicativo.
Aplicado ao mercado de condomínios, o conceito é ir além da entrega de boletos e reservas de áreas comuns. Através de API’s integradas, um verdadeiro super app para condomínios reúne funcionalidades para que todas as demandas sejam resolvidas no mesmo lugar.
É essencial que as dimensões financeiras, de gestão, de segurança, bem como as do morador, sejam contempladas pelo super app, que também deve atender condomínios de todos os perfis.
Leia mais: todos os benefícios, funcionalidades e características de um super app
Continue a leitura para entender quais as melhores estratégias práticas para um super aplicativo no mercado de condomínios.
Serviços
A primeira e mais básica aposta de uma empresa com aplicativo próprio é entregar comodidade, com a digitalização de inúmeras demandas de clientes.
Com apenas um acesso e poucos cliques, possibilitar o pagamento e emissão de boletos, participação em assembleias, controle de entregas e correspondências, cadastro de veículos e pets, entre muitas outras tarefas.
Há ainda a possibilidade de integração com softwares de controle de acesso, para entrar e sair do condomínio ou receber visitantes. Já há casos em que administradoras, por exemplo, passaram a oferecer também serviços de portaria remota e assim agregaram uma nova solução em seu portfólio.
Por fim, o super app abre portas para integração e parcerias com prestadores de serviços diversos, como reformas, manutenções e seguros.
Personalização
Em linha com a hiperpersonalização já citada neste artigo, o super app facilita iniciativas segmentadas de acordo com públicos-alvo, principalmente em relação à comunicação:
→ Empresas podem realizar pesquisas para identificar serviços e soluções com potencial de venda junto ao cliente.
→ É possível organizar campanhas de marketing segmentadas, para lançamentos ou promoções.
→ Ao utilizar notificações configuráveis (push no dispositivo móvel), a empresa consegue indicar produtos e serviços.
→ O super app também pode funcionar como canal de atendimento, para que a empresa esteja sempre disponível ao cliente.
Branding
Branding não se restringe à divulgação e criação de uma logomarca, envolve posicionamento, propósito e valores de marca. Como benefícios, gera uma relevância tão consistente, a ponto de fazer com que clientes escolham determinado produto ou serviço em meio aos concorrentes.
Ao investir em um super app próprio, no mercado condominial, a empresa se posiciona como inovadora e tecnológica, demonstrando que está disposta a oferecer mais que a simples cobrança de taxas e gestão convencionais.
Além disso, os clientes desta empresa irão lembrar da marca todos os dias, quando utilizam o aplicativo para acessar o condomínio, reservar um salão de festas ou receber um visitante. Ou seja, a marca estará conectada a experiências positivas.
5. Humanização em primeiro plano
Antes de pensar em implementar qualquer uma das tendências anteriores, tenha em mente que a humanização é inerente ao sucesso do seu planejamento. A adoção de tecnologia, automação e inteligência artificial não pode estar focada simplesmente na redução de custos.
Para quebrar o paradigma de que a inovação cresce em detrimento do profissional humano, é preciso considerar a tecnologia como alternativa para que as pessoas se tornem menos operacionais e, por consequência, mais criativas e estratégicas.
Diversos fatores permeiam a tendência de humanização, porque nenhuma transformação acontece somente com soluções e ferramentas, é crucial que equipes estejam envolvidas no processo e se sintam contempladas pelos resultados.
Entenda, a seguir, alguns exemplos sobre como a humanização pode acontecer na prática.
Cultura organizacional
Defina os valores da empresa e divulgue-os internamente. Ao avaliar candidatos, procure saber se eles estão alinhados com a cultura interna. Organize ações que promovam o propósito da empresa e engajem a equipe.
Criatividade
Lembre-se de que a empresa não precisa se moldar a uma ferramenta ou processo. Sua empresa deve incorporar a tecnologia de acordo com estratégias próprias, sem estar limitada a modelos prévios. Afinal, garantir tempo e espaço para a criatividade é crucial para se diferenciar dos concorrentes.
Aprimoramento e retenção
Antes de adotar novas soluções, certifique-se de que a empresa viabilizará o aproveitamento das mesmas, o que pode ocorrer por meio de capacitações específicas ou contínuas. Este clima de aprendizado e evolução também contribui para a retenção de talentos e aumento de desempenho.
Enquanto a automação se estende a várias tarefas técnicas, as chamadas habilidades interpessoais ganham protagonismo e, na maioria das vezes, são o que permitem que o digital e humano caminhem juntos até os melhores resultados. Investir no desenvolvimento e valorizar as soft e people skills é mais uma das necessidades que remontam à humanização.
Por fim, iniciativas que favorecem a saúde mental e o bem estar no trabalho também são uma pauta necessária em 2024, principalmente se a empresa quer reter talentos: 56% dos brasileiros não querem permanecer em ambientes de trabalho que não sejam saudáveis.
Dados da Organização Mundial da Saúde (OMS) apontam que a depressão e ansiedade custam cerca de 1 trilhão de dólares por ano em perda de produtividade.
A seguir, veja algumas ações concretas em empresas que buscam promover o bem estar no trabalho.
→ Políticas de horários flexíveis.
→ Incentivos a férias regulares.
→ Capacitações e acesso a serviços de saúde mental.
→ Realização de pesquisas de clima e satisfação de colaboradores.
→ Abertura para feedbacks recorrentes e em todos os níveis.
→ Comunicação acessível e participação coletiva em decisões da empresa.
→ Momentos de pausa, descontração e interação entre a equipe.
→ Planos de carreira que incluem o bem estar financeiro da equipe.
Dados internos e geração de valor
A partir do momento que que sua empresa alcançar os 3 primeiros tópicos de humanização citados até aqui, poderá pensar em um novo passo: gerar valor com base na análise de dados internos.
Um dos exemplos no mercado condominial é a análise dos condomínios atendidos, por exemplo, para trazer insights sobre redução de custos, otimização ou gastos desnecessários.
Outra possibilidade seria observar dados de usabilidade de recursos do aplicativo oferecido e pensar em estratégias para aumentar a adesão ou melhorar a experiência do cliente.
Estes são exemplos a serem desenvolvidos com automação e inteligência artificial como facilitadoras, mas que também precisam de pessoas capacitadas e com visão analítica à frente do processo.
Responsabilidade social
Neste contexto, a humanização aparece ao passo que a empresa se importa com a comunidade onde atua, afinal, o número de consumidores que afirma se identificar com marcas genuinamente preocupadas só cresce.
A Pesquisa Impacto ESG mostra que mais da metade dos entrevistados pagariam de 5% a 20% a mais por produtos ou serviços envolvidos com ações ESG.
Outro estudo, da PwC com o Instituto Locomotiva, revela que 64% aceitam pagar mais por marcas que apoiam a diversidade, porém, 50% deixam de comprar quando percebem que a marca tem atitudes preconceituosas.
Por outro lado, de acordo com a Consultoria Gartner, este mesmo consumidor está desconfiado quando o assunto é responsabilidade social: 6 a cada 10 brasileiros acham que marcas apenas divulgam ações sociais, sem comprometimento real.
Então, o caminho aqui é autenticidade, com iniciativas reais e alinhadas ao propósito da empresa. Um ótimo começo seria questionar como a empresa pode gerar impactos positivos ou reduzir impactos negativos na comunidade com a qual se relaciona, por exemplo. Causas sociais que precisam de apoio não faltam, basta avaliar qual delas faz sentido para os valores da organização.
Tendências 2024 e soluções alinhadas ao seu segmento
Durante a leitura deste artigo, provavelmente, você se deparou com muitas ideias sobre como o seu negócio pode aproveitar cada uma das tendências em 2024.
Porém, sabemos que a realidade de cada empresa é única e, por isso, a Winker atua com propostas soluções específicas para diferentes áreas do mercado condominial.
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